sábado, 1 de setembro de 2012
Parque do Piqueri e a história do Conde Matarazzo
Francesco Matarazzo, nasceu em 9 de março de 1854 no sul da Itália no Castelo do Abade, aos 18 anos morre seu pai, e o jovem assumiu o sustento da família.
Aos 27 anos viajou para o Brasil com o intuito de comercializar banha de porco, porém o navio que trazia a carga afundou, sem dinheiro, Matarazzo viajou para Sorocaba buscando auxílio com um conterrâneo, ajudado pelo amigo montou uma mercearia, passou então a fabricar banha de porco nos fundos da mercearia. Com o tempo passou a acondicionar a banha em latas.
Em pouco tempo sua situação financeira melhorou muito podendo trazer sua família para o Brasil.
Em determinada época havia falta de farinha de trigo no Brasil, Matarazzo então aproveitando-se da situação construiu um moinho em São Paulo, à partir daí o Conde tornou-se um grande empresário, em 1920 suas fábricas produziam banha, farinha de trigo, sabão, tecidos, inseticidas, perfumes, adubos, bebidas, pregos, velas e uma infinidade de outros produtos.
As Indústrias reunidas Francisco Matarazzo, espalharam-se por outros estados, seu grupo passou a contabilizar o quarto maior faturamento do país.
Seu grupo empresarial chegou a somar 365 fábricas com 15 mil funcionários.
Em 1927 o conde efetuou a compra do Sítio Piqueri, uma maravilhoda área verde que pertencera a Braz Cubas e ao empreendedor Matheus Nunes de Siqueira.
A área possuía uma exuberante flora, a propriedade chegava até as margens do Tietê, nas imediações da propriedade havia a olaria de Genaro Perfeito que também foi comprada por Matarazzo, a proximidade do rio Tietê facilitava o transporte da produção dos produtos do sítio e os provenientes da olaria.
Para ser a sede da casa foi construída uma mansão assobradada, um lago artificial acolhia gansos e patos, também foi instalado um moderno sistema de irrigação para manter a flora e os gramados. A criação de animais contava com cavalos argentinos, pôneis e vacas.
Uma infinidade de árvores frutíferas embelezava a propriedade, plantas raras como o araçazeiro e a castanheira europeia. Muitos animais de tração eram mantidos para o transporte dos produtos das fábricas do Conde. Os administradores da propriedade foram José Sani e Carpirelli.
O Conde recebeu na bela propriedade as mais altas autoridades do cenário político, social e empresarial do estado e do país, a elite paulistana participou de inúmeras festas nos bosques do sítio.
Matarazzo falece em 1937, nesta época ocorriam mudanças na área industrial, graves divergências entre os herdeiros e a forte concorrência nas indústrias levaram à falência a maior parte de suas fábricas.
Em 1971 as autoridades municipais desapropriaram as terras, mantendo a riqueza da flora existente, seis anos depois o sítio foi aberto à população com o nome Parque do Piqueri, a antiga moradia foi demolida, mas a casa dos caseiros foi mantida e atualmente é ocupada pelo administrador do parque.
Construção da sede do sítio
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